Os ratos formam a maior família de mamíferos existente na atualidade, composta por cerca de 650 espécies. Dentre elas, as mais prejudiciais à saúde humana são a ratazana, o rato-preto e o camundongo. Ambas são originárias da Ásia, e se disseminaram pelo mundo através de migrações pelas rotas comerciais e militares.
O rato é um dos animais superiores mais adaptados na natureza. Ele é capaz de se instalar nas mais diversas regiões climáticas do globo e se adaptar com relativa facilidade. Ele também é capaz de adaptar-se ao mesmo meio ambiente do homem, com quem passa a conviver confortavelmente, tornando-se um comensal não convidado, isto é, um animal com o qual o homem é forçado a conviver, mesmo contra a sua vontade.
De um modo geral, os ratos infestam tanto a cidade como o campo, sendo que neste comem sementes, ovos, pequenas aves e outros animais, enquanto na área urbana são responsáveis por danos causados em instalações comerciais e industriais, roendo peças de mobília, livros, tecidos, diversos tipos de matérias-primas e produtos acabados.
São capazes também de causar estragos por roeduras até em materiais mais resistentes, como cabos de aço e canos de chumbo, e até provocar incêndios por causarem curto-circuito ao roerem fios condutores de eletricidade. Contudo, o fator mais preocupante e perigoso com relação aos ratos é que estes são transmissores de doenças que podem causar até a morte de pessoas e outros animais, como a leptospirose e a peste bubônica.
O controlo de roedores deve se basear nos fundamentos do Manejo Integrado de Pragas, que preconiza as medidas preventivas e de higiene do ambiente junto com o controlo químico das infestações existentes. O sucesso do controlo depende de um conhecimento técnico eficiente sobre os hábitos, a biologia e o comportamento da população que infesta à área a ser controlada.